terça-feira, 2 de setembro de 2008

Exame no Casino

Estava checando a revista de negócios Exame para não esquecer o ambiente empresarial brasileiro e me deparei com uma reportagem interessantíssima sobre os programas de microcrédito do Banco Real. Vale a pena entender a trajetória (nem sempre) bem-sucedida do banco na difícil tarefa de lançar um produto com impacto tão positivo sobre a sociedade.

O que não posso deixar de comentar é a nota sobre o aumento da participação da rede varejista francesa Casino no capital do lendário Pão de Açucar, da famíla Diniz.
Viajei no espaço e no tempo para lembrar minhas discussões com o Baldusco, que criticava as restrições impostas pelo governo francês aos grandes hipermercados. Os franceses adoram o pequeno varejo. As boulangeries, épiceries, boucheries e pâtisseries são parte inseparável da vida nas cidades daqui e, por isso, merecem a proteção do Estado.

Mas, como eu moro bem perto de um Casino, faço minhas comprinhas (nem tão) baratas naquele bloco de concreto horrível que, além de todo o resto, vende os produtos da marca própria da rede.



Apesar das falhas de mercado geradas pela intervenção estatal, a criatura cinza até que é bem evoluída. É possível comprar sem passar por operadores de caixa humanos, já que alguns dos caixas permitem que o próprio cliente passe seus produtos pelo leitor de códigos de barra e os pague, com cartão ou com dinheiro vivo. Só não vale exigir que a maquininha forneça sacos plásticos para o transporte das mercadorias. A rede Casino acaba de adotar, por força de lei, uma medida que seus concorrentes franceses há muito já haviam implantado. Cliente agora não ganha mais sacolinha, mas pode comprar bolsinhas com dizeres ambientalmente corretos.

É o futuro chegando, Brasil!

Um comentário:

baldus disse...
Este comentário foi removido pelo autor.